O governo do Peru entregou no parlamento um conjunto de projectos de lei, que serão discutidos esta quinta feira, para revogar a sua própria legislação sobre a propriedade da terra que fizera aprovar recentemente.
As comunidades indígenas da Amazónia peruana acusaram o governo de criar um regime de propriedade que beneficiava as grandes multinacionais e iniciaram uma greve que se prolongaria por 69 dias.
Ao longo do período de greve foram-se acumulando incidentes entre as comunidades indígenas e as autoridades do Peru, que motivaram a morte de pelo menos 34 pessoas. No entanto, o exército peruano chegou a ser acusado de matar manifestantes e atirá-los ao rio, pelo que o número de vítimas mortais pode ser superior.
O principal líder dos movimentos indígenas, Alberto Pizango, que tinha recebido asilo político na embaixada da Nicarágua, partia para o exílio neste país quando o presidente do Peru anunciou que iria revogar as leis que provocaram os confrontos.
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