quinta-feira, 10 de abril de 2008

"Não apertem as mão" - diz Paulo Sant'ana

Em uma das edições do Jornal do Almoço dessa semana, nosso querido colunista Paulo Sant'ana defendeu veemente que devemos evitar o aperto de mãos, por causa das bactérias que infectam neste momento dezenas de hospitais da capiral Porto Alegre. E foi mais longe - disse também que devemos evitar até mesmo o beijo com a pessoa amada.
O que é isso, meu amigo Paulo?
Sou teu leitor desde que conheci o jornal Zero Hora, quando tinha 14 anos e comecei a trabalhar na eletrônica de meu pai, e de todas as tuas colunas que li e de todas as palavras que já escutei sair da tua boca, estas foram as mais infelizes.
Muito me admira que um jornalista já com mais de meio século vivido resolva entregar assim a satisfação do dia a dia de apertar a mão de um amigo e mais ainda de beijar a pessoa amada pelo simples risco de ser contaminado com a tal da bactéria - Não, mais do que isso, muito me admira sua atitude de dizer o que as pessoas devem ou não fazer!

Bem por isso limito-me a apenas dizer isso. Não digo nem que apertem nem que deixem de apertar, nem que beijem, nem que deixem de beijar.
Apenas digo que continuo saindo de casa todas as manhãs para o meu trabalho, e atravesso a rua, mesmo sabendo que existe o risco que eu seja atropelado.

E digo que continuo vivendo, dia após dia, mesmo sabendo que estou correndo o risco de morrer.

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