De Fabiane Becker para o Jornal Informativo do Vale de Lajeado.
Boa parte de tudo que é falado em casa, no trabalho, na rua, na roda de chimarrão... quem forneceu o tema da conversa foi a televisão. Esse meio de comunicação exerce uma grande influência na forma como as pessoas se comportam e vêem o mundo, pois ajuda a elaborar, isto é, transformar ou criar novos valores.
Pesquisas e depoimentos de estudiosos têm apontado conseqüências psicológicas, afetivas, comportamentais, sociais, atitudinais, físicas... associadas ao uso "apático" da TV. Essa utilização tem gerado transformações profundas nas idéias, sentimentos, crenças, valores, atitudes e condutas que as pessoas têm sobre si mesmas, sobre os outros, a sociedade e o mundo exterior em que estão inseridas. Tudo isso está relacionado à intensidade e ao tipo de programas a que assistem.
No entanto, não podemos negar a importância desse objeto estático e falante na nossa vida, trazendo conhecimentos, imagens, sons... nos proporcionando diferentes emoções: espanto, tristeza, alegria... Além do mais, nos aproxima da realidade mundial do nosso planeta, nos inteirando de fatos e ampliando conhecimentos ainda em construção.
Com o passar do tempo, se compararmos à época dos nossos avós, a televisão agora é considerada membro integrante da família, pois viver sem ela já é quase impossível. Para muitos até acaba com a solidão, é quase uma companhia, substituindo a presença de uma pessoa. E quando a família está em casa e a TV está ligada, nem precisa ter assunto para falar, resolver, discutir... porque a encarregada está ali fazendo seu dever de interação, sempre no mesmo lugar, cumprindo as ordens dos familiares interessados em "conversar" com ela.
Sendo assim, é preciso que fiquemos atentos ao que vemos, ouvimos, sentimos... visto que corremos o risco de adotar uma escala de valores imposta sem nem mesmo percebermos. É preciso cuidar para não agirmos contra nossas vontades, na ilusão de ficarmos na moda. É preciso "filtrar" o que nos é exibido, distinguindo o bom e o ruim para nossa vida. Dessa maneira continuaremos livres e donos da nossa liberdade.
Fabiane Becker, professora
Obs: "Aprenda a pensar, para não ser escravo de quem detem o poder, quando você nao analiza, não interpreta, alguém faz isso por você"
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