Em janeiro de 1962, numa aldeia chamada Kashasha, perto do lago Vitoria, três alunas da escola tiveram um incontrolável e inexplicável acesso de riso.
Em poucas horas, metade da escola estava às gargalhadas. Alguns casos duravam apenas minutos, outros até 16 dias.
Em cinco meses, a escola foi fechada pela crise do riso, mas a epidemia se espalhou pelas margens do lago e fechou mais 14 escolas.
Dois anos depois, em 64, as gargalhadas desapareceram tão inexplicavelmente como surgiram.
Ninguém até hoje descobriu as causas da terrível epidemia do riso na Tanzânia, mas, em 95, na Índia, o doutor Madam Kataria resolveu explorar e expandir a ciência da yoga hasya, ou yoga do riso, usando a gargalhada como terapia.
Ele e os amigos se reuniam num parque e criavam expressões e sons para estimular e simular as risadas.
A mais popular de todas era a gargalhada do leão. Esbugalhavam os olhos, rugiam e punham as mãos para cima como se fossem patas. O riso corria solto.
Três anos depois, ele conseguiu reunir 12 mil pessoas no Jockey de Bombaim para o primeiro Dia Mundial da Gargalhada, que este ano foi comemorado em 5 de maio.
Muita gente já levou o riso à serio. Aristóteles e Platão eram contra. Para os monges budistas Kanzan e Jittoku, no século VII, a risada é o caminho da paz interior.
Kant, Shopenhauer e Freud explicaram. Não há ciência que explique porque a gargalhada, mesmo forçada, funciona como antiestressante, melhora o dia das pessoas e até cura doenças, mas hoje há mais de mil clubes de gargalhadas espalhados pelo mundo.
Em Nova York, no Healing Works Midtown Manhattan, os sócios do clube criaram, entre outras, as gargalhadas da ópera, do metrô e da galinha.
Stephan Wischert, o líder do clube, quer convencer a ONU a abrir suas assembléias com uma sessão de gargalhadas.
Com o dólar a quase três reais e sessenta e nosso risco em 2 mil só nos resta criar a gargalhada Brasil.
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