Em novembro de 1844, quase no fim da revolução farroupilha, já em pleno armistício. Os lanceiros negros (previamente desarmados), acampados no cerro de Porongos e liderados por David Canabarro (que durante a noite levantou acampamento junto com seu esquadrão de cavalaria deixando os negros para traz), foram atacados por forças sob o comando de Francisco Pedro de Abreu, um imperial.
O corpo de lanceiros negros tentou resistir ao ataque, mas foram quase todos mortos e os que sobreviveram foram transferidos para serem escravos em outras localidades brasileiras.
Cogita-se se que a matança teria sido combinada com Canabarro para exterminar os integrantes, que poderiam formar bandos após o término da guerra, que já estava sendo tratado.
A questão da abolição da escravatura era uma das condições exigidas pelos farroupilhas para a paz, mas o império não aceitava esta clausula com medo que a libertação definitiva dos ex-escravos combatentes, precipitaria um movimento abolicionista no resto do império, e a mão de obra escrava como sabemos era o principal fator econômico da sociedade brasileira.
Foi mencionada à época uma carta do barão de Caxias instruindo Francisco Pedro de Abreu a atacar o corpo de lanceiros negros e afirmando que tal situação teria sido previamente combinada com Canabarro.
O desastre dos Porongos levou Canabarro ao tribunal militar farroupilha. Com a paz o trâmite continuou na justiça militar do Império. O General Manuel Luís Osório, futuro comandante das tropas brasileiras na batalha de Tuiuti (durante a Guerra do Paraguai) fez com que o processo fosse arquivado sem ter sido concluído, em 1866.
Outra carta achada nos arquivos do império data de 1844 e tem como destinatário David Canabarro sendo escrita pelo Duque de Caxias na qual este combina com David o dia e o local onde deveria estar com as tropas negras desarmadas para que fossem mortas e então poderem assinar o tratado de paz.
Hoje em dia os italianos e alemães se orgulham da semana farroupilha, mas os italianos quando chegaram ao sul a revolução já havia acabado e os alemães que estavam aqui na época eram apelas 3 mil que moravam em São Leopoldo e não foram todas a favor da revolução, tendo alguns combatido pelo lado do império.
Fica aqui a dúvida sobre nossa história.
e sobre se vale a pena idolatrar e construir estátuas para pessoas que além de lutarem por interesses individuais ainda traem os homens mais valorosos que lutaram na revolução, pois sem os lanceiros negros os 9 anos da republica rio grandense não teriam sido nem 1.
Pensem nisso
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